sábado, 23 de fevereiro de 2008

Ciência, Símbolo, História

Para não dar só uma fonte, já que cada artigo relata de uma forma, vou linkar quatro lugares que reportaram a notícia. Vejam clicando AQUI, AQUI, AQUI e AQUI sobre como cientistas estão experimentando criar um espermatozóide feminino, pegando células tronco de mulheres adultas e transformando-as em esperma. Eles acreditam que, através do uso de processos químicos e vitaminas, o esperma feminino imaturo poderá ser produzido em até 2 anos e um esperma maduro (ou seja, capaz de fertilizar óvulos) poderá levar mais 3 anos. Eles também tentarão fazer o mesmo com células tronco masculinas, para produzir óvulos masculinos. Apesar de afirmarem que essa pesquisa não é para gerar filhos de casais homossexuais, isso se tornaria possível. No primeiro caso, bastaria inserir o espermatozóide feminino no óvulo da parceira e introduzi-lo no útero, mas no segundo, mesmo com 100% do material genético dos dois pais, estes ainda precisariam de uma barriga de aluguel. Por outro lado, mulheres - que não têm cromossomo Y - produziriam sempre mulheres, enquanto homens poderiam gerar filhos de ambos os sexos. Mas, de qualquer maneira, nós (mulheres) poderíamos entender sobre concepção, mas eles nunca poderiam passar por nove meses de gestação, parto, amamentação, intuição de mãe, e o que mais vier junto com uma gravidez e maternidade.

Além do fato de isso me interessar (como psicóloga, mulher, amazona, futura mãe, entre outras coisas), o que eu fiquei imaginando foi a parte simbólica por trás disso tudo, especialmente na história das religiões e crenças. Imagine uma mulher: ela tem um ventre (um vaso, um caldeirão, um graal etc) no qual gera um ser da sua espécie (imagem e semelhança), o traz ao mundo através de um orifício (portal, portão, umbral, entrada da caverna etc), consegue produzir alimento em seu próprio corpo (leite, seiva, maná, mel etc) para que aquela nova vida cresça (semente, planta, árvore), enquanto ela volta a sangrar por uma lua todos os meses sem morrer (vinho, sangue sagrado do graal, que é dado para conceder a vida eterna através de uma transformação da alma). Tem como não chamar isso de algo sagrado? Portanto, não estranhem encontrar aí na coluninha do lado direito alguns blogs onde algumas de nós falamos sobre os mistérios e fascínios do feminino.

Opa, pára tudo! Alguns mais entendidos poderiam estar se perguntando sobre o meu nick, não é? Como uma espartana fala de feminino? Afinal, em Esparta, a educação formal em música, dança, canto, ginástica e esporte das mulheres não era algo machista para torná-las melhores parideiras? A graça, a delicadeza e a feminilidade arcaicas (junto com todas as complicações sentimentais) não cederam lugar a uma concepção utilitária e crua, enrijecendo o corpo e favorecendo os interesses da eugenia da raça? Mas, vem cá, será que isso era só em Esparta? Em que mundo a gente vive afinal? O que uma mulher está fazendo aqui, e escrevendo sobre ciências? Foi mesmo eu que fiz de mim uma espartana? Será? Hum...

9 comentários:

Quimera disse...

Eu sou a favor do homem gerar seu próprio filho por nove meses (como naquele filme com o Arnold Schwazneger - se é que é assim que se escreve hehehehe).
Fico imaginando um homem tendo um parto normal... hahahahahaha
Dor de dente??? Fichinha!!!
hehehehehehehe

Alexandra disse...

Ontem eu assisti um filme em que o Robin Williams é um reverendo ("Licença para Casar") e ele diz pros noivos que se o cara tivesse a mesma dor da mulher no parto, seria o equivalente a puxarem o saco dele até a cabeça, rsrsrs! Mas isso é só o parto, não conta os nove meses antes e as dores de amamentação depois. :P

Adrenalina disse...

Minha mãe já bem dizia que se em um casamento fosse alternado a vez de ter filho (uma vez a mulher e uma o homem), nenhuma família teria mais que três filhos! Se por acaso o segundo acontecesse! :oP

Rafael Aerute disse...

Meninas, podem me chamar de antiquado, anacronico, chauvinista ou o que for, mas eu prefiro as coisas como eram no tempo de vovó. Essa coisa de espermatozóide feminino ainda vai dar galho... :/

Rangele Guimarães disse...

Hoje em dia se faz pesquisa para absolutamente tudo... Não me espanto se daqui há alguns anos já tenham desenvolvido um modo do homem ter um útero para gerar um filho com estes espermatozóides já modificados... Resta saber, por onde eles sairiam, pq o parto normal fica assim, digamos, inviável... (ou não).

Isso me faz lembrar a frase de meu primo uma vez, quando estava tirando os 'bigodinhos" do rosto com uma pinça: "vocês não sabem como isso dói, dói demais mesmo"

Homens são tão fraquinhos pra dor né?

Rafael Aerute disse...

Se a gente pensar no trauma que o corpo feminino sofre com o parto, não é de se espantar que a Natureza tenha feito vcs, mulheres, mais resistentes à dor e flexiveis às mudanças do que nós homens. Por isso acho viagem tentar ficar virando o disco com a vitrola rodando; quer dizer, o barulho não vai ser bom de ouvir. Somos fraquinhos mesmo, basta ver quem chora mais quando cai, o menino ou a menina! Por isso acho essas pesquisas meio como "fazer só porque se pode fazer". Alguém sabe da utilidade p´ratica disso tudo? Cadê a cura do câncer, da AIDS? Como assim, "os pesquisadores estavam criando espermatozóide feminino e não tiveram tempo"? Sai dessa!

Beijos...

Anônimo disse...

A gente, não é assim, faz-se pesquisa pra tudo, TUDO mesmo, e não é pq tem gente pesquisando isso q tem menos gente pesquisando a cura pro câncer. "Os pesquisadores" não são uma entidade única e sincronizada, que precisa organizar seu tempo entre todas as pesquisas possíveis. Tá certo que eu, mais do que mta gente, acho e sei que existe mta pesquisa desnecessária, mas não é pq elas estão sendo feitas q outras estão deixando de ser feitas.

Nesse caso, eu, olhando lá bem no fundo, não acho que é pesquisa desnecessária. Eu geralmente costumo dizer que já tem criança demais pronta no mundo pras pessoas ficarem inventando métodos científicos pra fazer mais. Mas aí qdo eu penso o qto eu quero ver a minha barriga crescendo, a coisinha se mexendo lá dentro, fica identificando o sorriso dele, os meus olhos, as orelhas do tio... Ai, q vontade! Acho que seria uma grande dor e decepção não poder passar por isso. Então, eu mesma não faria inseminação, eu preferiria adotar (até pq vou querer adotar de qualquer jeito), mas eu compreendo REALMENTE quem quer fazer isso, e qto mais alternativas existirem pra essas pessoas, melhor.

De resto, a única coisa que eu comento é "fichinha! O tal do divino espírito santo já faz isso há mais de 2000 anos, e ainda transforma x em y!"... Hehehe...

Flávia Kytanna disse...

Humanos brincando de seres Deuses, aiaiai, um dia os Deuses se aborrecem, colocam os humanos contra a parede e falam: Querem o cargo? Pode levar...kkkkkkkkkkkkkkk

Aí vou ver Deuses brincando de serem humanos e ainda dizemos, podemos errar, podemos errar! hahahah

Adrenalina disse...

Kytanna fala baixo, mulher!!!
Eles já são, em sua maioria, dotados de temperamento e gênio forte! Vai que eles acham engraçada a brincadeira! Não tenta! :oP

E eu também não entendo lá muito o porque de querer ficar invertendo papéis...